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Apresentação Geral

INFORMAÇÕES SOBRE A LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO DO CAMPO – CIÊNCIAS DA NATUREZA

Modalidade: Presencial (de acordo com o edital do Vestibular)
Regime: Semestral
Número total de vagas/ano: 40 vagas
Carga horária total: 3400 horas
Turno de funcionamento: Integral
Prazo de integralização curricular: mínimo de 8 e máximo de 12 semestres
Diploma concedido: Licenciado e Licenciada em Educação do Campo – Ciências da Natureza

HISTÓRICO E PERFIL DO CURSO

O curso de Licenciatura em Educação do Campo – Ciências da Natureza é de caráter especial e faz parte do PRONACAMPO 2012, sendo institucionalizado pela UFPR em 2014. Este destina-se à formação de docentes para atuar em escolas do campo e tem como público-alvo os educadores do campo que não possuem curso de licenciatura, atendendo ao Decreto nº 7.352/2010, que privilegia também agricultores familiares, assentados, acampados, pescadores, ribeirinhos, ilhéus, quilombolas, indígenas e povos da floresta. São oferecidas, a cada vestibular, 40 (quarenta) vagas na modalidade presencial em regime de alternância. Esse curso tem um vestibular especial, que atende aos critérios estabelecidos pelo PRONACAMPO, em consonância com as Diretrizes Operacionais da Educação do Campo, instituídas em abril de 2002 pelo MEC. Acesso os marcos normativos da Educação do Campo aqui.

A proposta do curso referencia o desenvolvimento sustentável do campo em âmbito local e regional com base na agroecologia, além de englobar propostas metodológicas de planejamento, execução e avaliação do processo pedagógico por meio da pesquisa-ação-reflexão; e de caráter político-pedagógico: intencionalidade de educação do campo a favor da construção de uma nova concepção de campo,  de reforma agrária e de agricultura familiar, e o papel do educador(a) neste processo.

O curso baseia-se na proposta de Paulo Freire de resgate do humano como sujeito de si e de sua própria educação. O pensador argumenta em defesa da educação, como dinamizadora do processo de mudança, firmando as bases da aprendizagem: capacidade de autorreflexão como desenvolvimento da consciência crítica, que reorganiza as experiências vividas, transformando a realidade. A aprendizagem modifica o homem que, ao mesmo tempo em que se renova, mantém a própria identidade.

Portanto, uma aprendizagem libertadora de conquista e aumento de autonomia; a busca permanente como sujeito, e não objeto da educação, com a consciência da característica humana de ser inacabado; a noção de tempo, que diferencia homens de animais, e caracteriza o homem como ser histórico, capaz de construir o futuro com base no passado. O curso pressupõe como princípio a educação libertadora – progressista, pois os envolvidos nos cursos são sujeitos construtores da história e transformadores do mundo.

OBJETIVOS

Formar educadores e educadoras para atuar no segundo segmento Ensino Fundamental, Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos comprometidos com os princípios da Educação do Campo e o desenvolvimento social sustentável, a partir da identificação das demandas (pesquisa aplicada) para comporem a lógica curricular e legitimar o empoderamento das comunidades locais, fundamentada na democratização da ciência e tecnologia.

PERFIL DO EGRESSO

Os Educadores e educadoras egressos da Licenciatura em Educação do Campo estarão habilitados para atuar em uma área do conhecimento: Ciências da Natureza, a fim de atender a demanda das escolas do campo. Para contemplar esse processo deverão apresentar o seguinte perfil de um educador que:

  • Interaja com os educandos e a comunidade, visando o desenvolvimento sustentável, respeitando as diversidades e os saberes populares;
  • Incentive e possibilite saberes ligados ao planejamento, monitoramento e manejo de sistemas agroecológicos;
  • Projete e execute atividades de educação baseadas nos princípios e nas Diretrizes da educação do campo;
  • Atue com autonomia na construção de novos conhecimentos e práticas inovadoras no âmbito da Educação do Campo;
  • Atue com respeito à especificidade da gestão das escolas no campo.
  • Desenvolva processos de aprendizagem que extrapolem a formação por disciplina, professor, aluno e sala de aula;
  • Estimule experiências em educação do campo com as comunidades locais, respeitando as especificidades e os saberes construídos pelos sujeitos do campo;
  • Contribua para a construção de uma vida ambientalmente sustentável;
  • Articule o processo de aprendizagem formal com espaços educativos informais, como aqueles construídos nos movimentos sociais campesinos;
  • Organize trabalhos pedagógicos que respeitem os espaços e tempos diferenciados da vida e da escola do campo;
  • Construa processos de aprendizagem que analisam e possibilitam uma reflexão sobre a estrutura fundiária em nossa história, as tensões no campo entre o latifúndio, a monocultura, o agronegócio e a agricultura familiar, os problemas da reforma agrária, a expulsão da terra, os movimentos de luta pela terra e pela agricultura camponesa, pelos territórios dos quilombos e dos povos indígenas, a centralidade da terra e do território na produção da vida, da cultura, das identidades, da tradição, dos conhecimentos.
  • compreenda criticamente a história da vida campesina desde a ótica dos sujeitos subjugados pelos poderes dos que exploram, colonizam e agridem seus modos e suas vidas, suas comunidades, articulando resistência e alternativas cooperadas de emancipação e qualificação social;
  • substancie interdisciplinarmente sua formação continuada e do meio onde está baseando-a em leituras/planificações/intervenções e avaliações processuais como um modo de viver a função educativa de si e com os outros;
  • desenvolva com os sujeitos escolares e da comunidade que reconheça os saberes locais, informais e suas múltiplas relações com a educação formal;
  • empreenda alternativas inerentes à sociedade civil organizada e que impactem no desenvolvimento de manejos agroecológicos com base na agricultura familiar;
  • valorize as especificidades do planejamento do trabalho pedagógico na perspectiva emancipatória, zelando pelo papel de organização da comunidade que a educação do campo deve empreender como uma biopolítica, respeitando os espaços e tempos da vida, da escola e dos sujeitos do campo;
  • Reflita permanentemente sobre a escola como formadora de sujeitos articulada ao projeto de formação humana.
  • Posicione-se como sujeito capaz de refletir sobre suas atividades, capaz de reconhecer erros e de corrigir de forma ética.
  • Estabeleça diálogos permanentes com a comunidade e de reconhecer os saberes locais e de integrá-los aos conhecimentos científicos.
  • Elabore diagnósticos junto a comunidade, colocando em prática conceitos, procedimentos e atitudes desenvolvido durante o curso.
  • Compreenda o tempo e espaço do sujeito educativo.
  • Articule a realidade dos sujeitos ao tempo escola, por meio de metodologias que busquem a interdisciplinaridade.
  • Ter posição critica frente à realidade de forma a contribuir no processo de construção social consciente e criativamente.
  • Compreenda que o trabalho é um princípio educativo na formação dos sujeitos.
  • Participe da construção de projetos políticos pedagógicos das escolas do campo.
  • Entenda que a pesquisa é um princípio educativo e que pode ser visualizada em um Plano de Pesquisa.
  • Potencialize os educandos a se posicionarem como agentes de desenvolvimento, buscando ampliar a construção do desenvolvimento sustentável e solidário.
  • Articule com o conjunto dos movimentos sociais e sindicais do campo ou Comitê Estaduais do Campo e Fórum de discussões das comunidades do campo.

PROJETOS PEDAGÓGICOS DO CURSO (PPCs)

O curso tem atualmente dois PPCs (2014 e 2023), os quais podem ser acessados por meio do link abaixo:
Projeto Pedagógico do Curso (PPC) 2023 – atualmente

Projeto Pedagógico do Curso (PPC) 2014-2022

PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL DA UFPR

Plano de Desenvolvimento Institucional (2022-2026)

“Educação do Campo, direito nosso, dever do Estado, compromisso da comunidade”.

Atualizado em 22 de agosto de 2025.
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