Sala Teresa Urban

Teresa Urban, jornalista, historiadora, escritora, ambientalista, inconformada, mãe de dois filhos e avó de quatro netos. Nasceu em 26 de março de 1946 e faleceu no frio 26 de junho de 2013 em Curitiba. Em plena ditadura graduou-se em Jornalismo, em 1967, pela Universidade Federal do Paraná. Foi ativa militante contra o regime militar, tendo sido presa diversas vezes, torturada e exilada no Chile entre 1970 e 1972, fase tumultuada da sua vida quando nasceram seus dois filhos, Gunther e Lupe. Por ser uma das principais combatentes do regime militar no Paraná, emprestou seu nome à Comissão da Verdade Teresa Urban, trabalho exaustivo conduzido pelo Fórum Paranaense de Resgate da Verdade, Memória e Justiça. Teresa Urban também é uma Estação Ecológica na região do rio Iguaçu em Curitiba, homenagem da cidade de Curitiba ao seu legado. Foi repórter de diversos veículos de comunicação como O Globo, O Estado de São Paulo, Veja e chefiou a Agência Estado em Curitiba, também foi correspondente da RDS em Genebra. Sem dúvidas, uma das pioneiras do jornalismo ambiental no Brasil com intensa participação nos mais diversos espaços democráticos, entre os quais o Conselho Nacional do Meio Ambiente e organizações não governamentais como Mater Natura, SOS Mata Atlântica e SPVS. Ativa defensora das causas ambientais teve notável participação nas lutas em defesa das florestas com Araucária, Mata Atlântica, Parque Nacional do Iguaçu, atuou ativamente contra a construção de uma usina termoelétrica no litoral do Paraná, era incansável apoiadora da agricultura familiar e da agroecologia nas suas bases. Uma de suas últimas lutas foi contra o desmonte da legislação ambiental, em particular as flexibilizações do Código Florestal, cujo desmonte tem rendido ao país um ônus sem precedentes devido ao aumento das taxas de desmatamento em todos os biomas e suas consequências. Teresa era uma perspicaz observadora e pesquisadora dos fatos históricos e nos deixou uma obra significativa que traduz seu olhar crítico, político, ambiental e cultural sobre o Brasil e o Paraná, autora de mais de 20 títulos, entre suas obras destacam-se Boias Frias Vista Parcial (1984), O livro do mate (1990), Saudades do Matão (1998), 1968 Ditadura Abaixo (2008) e Dez fitas e um tornado (2013). Apesar dos anos de chumbo, 1968 é um belíssimo livro-quadrinhos que conta sua trajetória no período, livro carinhosamente preparado, desenhado e documentado para que a geração de seus netos não esqueça a história. Teresa era uma incansável e sábia Araucária, resistente, astuta, agregadora por natureza – ela deixou inúmeros “pinhões” germinados em solo fértil dando continuidade à defesa das causas socioambientais, muitas gerações de inconformados passaram pela sua casa nas proximidades da praça 29 de março, em Curitiba. Incansável humanista, jamais abandonou a luta política e ambiental e a defesa da democracia. Teresa Vive!

Dia 26 de março de 2022, 76 anos de Teresa Urban.
(Liliani Tiepolo)


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