A equipe do Projeto INPRO (Incubadora de Projetos Organizacionais e do Trabalho), que constitui-se em um projeto de extensão universitária pautado no princÃpio da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, como parte integrante do Curso de Gestão e Empreendedorismo da Universidade Federal do Paraná-UFPR, publiciza o seu VI Boletim INPRO que trata da manutenção do emprego e da renda durante a pandemia da COVID-19 em 2020:
O sexto boletim da série produzida pela equipe do projeto de extensão INPRO tem o intuito de realizar o balanço do ano de 2020 em relação à geração de emprego e desemprego, bem como o rebatimento das medidas de manutenção de emprego nos municÃpios do litoral do Paraná.
É preciso destacar que em pleno final do mês de março de 2021, quando este boletim esteve em processo de finalização, o contexto da crise da pandemia da COVID-19 não apenas ainda se apresentava na conjuntura social e econômica brasileira, como houve um acirramento de sua gravidade, em termos de casos e óbitos, bem como de desatendimento aos pequenos negócios, trabalhadores informais e vulneráveis de forma geral.
Em todo o mundo, a crise sanitária se desdobrou em crise econômica e, com poucas exceções, houve redução da produção de riqueza. Em que pese esse quadro, os atores sociais globais foram despertados para um elemento básico da vida social e econômica, que diz respeito à indissociabilidade entre saúde dos indivÃduos e saúde das economias em que vivem.
Na contramão deste despertar, a sociedade brasileira foi mobilizada por um falso dilema entre economia e saúde. Em 2020, no entanto, entre abril e dezembro, vigoraram programas que foram essenciais para a manutenção da renda e do emprego. No entanto, sem atacar de frente o problema de saúde que desorganiza a sociedade, mesmo após a existência das vacinas eficazes para a doença, no Brasil, o ano de 2021 iniciou sem vacinação em massa e sem a continuidade das medidas que mantiveram o emprego e a renda.
No que tange à dimensão econômica dessa tragédia, de um lado, a crise sanitária corrói a confiança e amplia o grau de incerteza, desmobilizando investimentos nas atividades produtivas. De outro, parte significativa dos trabalhadores, micro e pequenos empresários não possuem qualquer alternativa a não ser buscar o sustento na atividade econômica na forma presencial, frequentemente sem conseguir manter os devidos cuidados para evitar a contaminação. Realidade perversa que não poderia resultar em outra situação, exceto o descontrole do ciclo reprodutivo do vÃrus, a paralisação de vários setores da economia, bem como o aumento rápido da pobreza em todo o território brasileiro.
Ao analisarmos esse movimento na região do litoral paranaense, que possui parte significativa de sua população dependente das atividades de turismo, cujo ápice se dá nos meses de verão e que possuem elevado grau de informalidade, o objetivo é observar como os dados refletem a realidade vivenciada neste perÃodo de desafios extremos.
Nesse sentido, o Boletim VI disponibiliza aos leitores dados sistematizados e interpretados, por meio dos quais pretende-se evidenciar realidades e especificidades regionais.
Confira os boletins anteriores no link abaixo: