A pesca artesanal no litoral do Paraná é uma atividade econômica importante, no entanto, os resíduos gerados com a produção podem ser um problema ambiental. Neste sentido, um projeto inovador desenvolvido pela Unespar sob a coordenação da professora Katia Kalko, foi criado em 2008 e tem como finalidade utilizar a pele do peixe (geralmente lançada no ambiente, em lixo comum ou enterrada), para a confecção de artesanatos, gerando trabalho e renda para as comunidades ribeirinhas dos municípios de Matinhos, Guaraqueçaba, Paranaguá e Pontal do Paraná.

O Couro de Peixe é preparado para a produção no Curtume Comunitário de Pontal do Paraná. Para que a pigmentação das peças não desbotasse quando em contato com a água, foram feitos diversos experimentos e atualmente o mercado coureiro conta com um novo produto de qualidade, para a comercialização. Neste sentido, dentro dos objetivos do módulo de Organizações e tecnologias sociais, ministrado pelo professor Daniel Fleig da UFPR Litoral, as/os estudantes conheceram esta experiência inspiradora para a missão das instituições de ensino superior que buscam trabalhar em parceria com a comunidade, aliando pesquisa, ensino e extensão de maneira efetiva.

Para Fleig, trata-se de uma tecnologia social desenvolvida totalmente no litoral, com a utilização de materiais que agridem ao mínimo o meio ambiente, que agora, segundo a professora Katia e a artesã, oficineira e responsável por organizar a participação do programa Couro de Peixe em eventos e feiras, Ana Maria de Oliveira Ferreira de Almeida, podem ser contemplados com uma Identificação Geográfica e/ou marca coletiva. Segundo o professor, foi uma experiência muito rica que possibilitou a compreensão do conceito de tecnologias sociais e sua aplicabilidade para os futuros egressos do curso de Ciências Ambientais.

Mais informações sobre o Couro de Peixe: (41) 98465-6657 ou https://www.instagram.com/peixecourode/

(com informações e fotos de Daniel Fleig, revisado por Luís Fernando da Costa Júnior/SECOM)