Setor Litoral recebe workshop internacional

 7 de junho de 2017 - 9h00

Nos dias 05 e 06 de junho, o Labmóvel, programa de extensão da UFPR Setor Litoral, e o Programa Globe promoveram o Workshop de Formação de Formadores Globe, em Matinhos. Mais de 20 professores da rede pública estatual, representando o mesmo número de colégios, participam do evento que incentiva a ciência e a ação popular no controle da disseminação do mosquito que transmite a dengue, o Zika vírus, o chikungunya, entre outras doenças.

A partir dessa capacitação, os educadores, e seus respectivos estudantes, irão contribuir com coleta de dados, abrindo oportunidades para desenvolver projetos em impulsionar projetos de escala local.

A oficina foi conduzida pela equipe composta pelo coordenador executivo do Globe Brasil, Jean Batana, a pesquisadora do Instituto for Global Enviromental Strategies (IGES), Russane Low, Aline Bessa Veloso, tecnologista da Agência Espacial Brasileira e a coordenadora educacional do Programa Globe Brasil, Inês Maria Mauad. Na apresentação do programa, Aline ressaltou que se trata de um trabalho que visa a compreensão da Terra como um sistema. “Já participam das ações mais de 30 mil escolas de 117 países, sendo que a Índia é o pais com mais escolas participantes e a Arábia Saudita o que mais disponibilizou dados em 2016”, informou a palestrante.

O Programa Globe teve início em 1994 e chegou ao Brasil em 2015. Além da capacitação e da metodologia de trabalho, ele disponibiliza uma plataforma de coleta de dados que, após compilados são enviados para a Nasa e poderão ser fontes para pesquisas ambientais.

Este evento faz parte de uma campanha do estudo científico da larva do mosquito Aedes aegypti promovida pela fundação USAID envolvendo três cidades brasileiras e três cidades peruanas. O programa prevê que as atividades sejam iniciadas em 25 escolas de ensino fundamental, em cada cidade, até o final deste mês. Além da capacitação, os professores receberam um kit, com uma lente que pode ser acoplada à telefones celulares, que ajuda a identificar as larvas e mosquitos Aedes aegypti.

Rafael Veiga, professor no colégio Cidalia Rebello Gomes, na Ilha de Valadares, em Paranaguá, diz que seus alunos estão ansiosos para participar do projeto. “Eles querem conhecer estudantes de outros países, como dos Estados Unidos, saber como eles desenvolvem suas pesquisas e aprender com eles”, afirma o professor. Veiga acredita que projetos como esse podem ajudar a tirar outras iniciativas do papel, uma vez que há muitas propostas e poucas ações efetivas em relação ao controle do Aedes na região.

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