por, Juliane Aldrighi
O mês de outubro é conhecido mundialmente como o perÃodo de conscientização sobre o câncer de mama e, no Brasil, também sobre o câncer de colo do útero. Durante o Outubro Rosa, a principal mensagem é: a prevenção salva vidas! Por isso, é essencial entender por que devemos manter os exames preventivos em dia e como isso pode fazer toda a diferença. Além de ajudar a detectar doenças precocemente, exames como a mamografia e o Papanicolau oferecem grandes chances de cura, caso algo seja encontrado.
O câncer de mama é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres no Brasil. Para exemplificar, apenas em 2023, estima-se que cerca de 73.610 novos casos sejam diagnosticados. Esse número mostra o quanto essa doença é frequente, e é por isso que o exame de mamografia é tão importante.
A mamografia é capaz de detectar o câncer de mama ainda em estágio inicial, antes mesmo de a pessoa perceber qualquer sintoma. Isso é fundamental porque, quanto mais cedo o câncer for descoberto, maiores são as chances de tratamento e cura. A recomendação do Ministério da Saúde é que as mulheres entre 50 e 69 anos façam a mamografia a cada dois anos. Em 2022, mais de 4 milhões de mamografias foram realizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Apesar dos avanços, muitas mulheres ainda não fazem o exame regularmente, seja por falta de informação ou por barreiras no acesso aos serviços de saúde. É importante lembrar que o câncer de mama, quando detectado precocemente, tem tratamento e as chances de cura são muito maiores.
Outra doença grave que atinge as mulheres é o câncer de colo do útero, que é causado principalmente pela infecção persistente do HPV, um vÃrus transmitido sexualmente. No Brasil, este é o terceiro tipo de câncer mais comum entre as mulheres, com cerca de 17.010 novos casos estimados para o triênio 2023-2025.
O exame de Papanicolau, assim como a mamografia, é oferecido gratuitamente pelo SUS e é uma maneira eficaz de detectar precocemente alterações nas células do colo do útero, antes mesmo de se transformarem em câncer. A recomendação é que mulheres entre 25 e 64 anos façam o exame a cada três anos, após dois exames consecutivos normais.
Os números mostram que o câncer de colo do útero afeta especialmente as regiões com menor acesso à saúde, como o Norte do Brasil, onde as taxas de incidência são maiores. Por isso, a conscientização sobre a importância de manter os exames em dia é fundamental para reduzir a mortalidade por essa doença.
A detecção precoce faz toda a diferença no tratamento do câncer, seja ele de mama ou de colo do útero. Quando a doença é diagnosticada logo no inÃcio, as chances de cura são muito maiores, o tratamento é menos agressivo e o impacto na qualidade de vida é menor.
Por exemplo, a taxa de mortalidade por câncer de mama no Brasil foi de 11,71 óbitos por 100 mil mulheres em 2021, e, apesar de esse número parecer alto, a detecção precoce pode mudar esse cenário. No caso do câncer de colo do útero, a taxa de mortalidade foi de 4,51 óbitos por 100 mil mulheres em 2021. Em ambos os casos, é possÃvel evitar muitas dessas mortes com exames preventivos regulares.
Não espere os sintomas aparecerem
Muitas pessoas só procuram um médico quando começam a sentir algum sintoma, mas no caso do câncer, isso pode ser um erro fatal. Tanto o câncer de mama quanto o de colo do útero podem se desenvolver sem apresentar sintomas nos estágios iniciais. Ou seja, quando os sinais aparecem, a doença já pode estar mais avançada.
Por isso, é essencial fazer os exames preventivos regularmente, mesmo que você esteja se sentindo bem. A prevenção é a melhor forma de garantir uma vida saudável e evitar complicações. Assim, o Outubro Rosa nos lembra da importância de priorizar a saúde e de não deixar que a falta de tempo ou o medo impeçam a realização dos exames.
Lembre-se que o SUS oferece esses exames gratuitamente, então se você estiver com seus exames atrasados, compareça à Unidade de Saúde da sua comunidade. No âmbito da UFPR Litoral, as mulheres podem contar com o apoio da SAPS (Seção de Atenção e Promoção da Saúde), que está disponÃvel para acolher e oferecer o suporte necessário.
Fontes: