Estudo sobre bactérias na atmosfera amazônica

 1 de fevereiro de 2021 - 17h12

Durante o trabalho de mestrado do estudante Felipe Souza, vinculado ao Programa de pós-graduação em Desenvolvimento territorial sustentável da UFPR http://www.ppgdts.ufpr.br/, foram coletaram amostras de ar em uma região remota da Amazônia em estações distintas e em diferentes alturas acima do solo na estação experimental ATTO https://www.attoproject.org. As bactérias presentes nos aerossóis foram identificadas através da análise das sequências que codificam o rRNA 16S, um marcador de gene usado para classificação bacteriana.
Segundo o trabalho coordenado pelo professor Luciano Huergo; uma grande quantidade de material particulado de origem biológica, incluindo esporos de fungos, bactérias, grãos de pólen e vírus circulam na atmosfera e estão presentes no ar que respiramos, são partículas denominadas de bioaerossóis. Pouco se sabe sobre as origens, destinos e a função dos bioaerossóis. Alguns estudos sugerem que os bioaerossóis podem ter importante papel na regulação do clima e ciclo hídrico espalhando e absorvendo a luz ou agindo como núcleos de condensação de nuvens na atmosfera. Além disso, bioaerossóis contendo bactérias, fungos, pólen e vírus podem agir como meio de dispersão de espécies e/ou propagação de doenças como é o caso do novo cornavírus que é capaz de ser transmitido através de aerossóis.
O estudo aponta a Amazônia como potencial fonte importante de bioaerossóis com relevância em escala global. “Um maior conhecimento sobre a composição, quantidade, dispersão, bem como fontes e destinos de bioaerossóis em áreas remotas da Amazônia é fundamental para entender o papel dos bioaerossóis no sistema climático e na ciclagem de nutrientes”, conclui o autor.

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