Estudantes do curso de graduação em Saúde Coletiva do Setor Litoral da Universidade Federal do Paraná realizaram, nesta semana, uma visita técnica ao antigo Leprosário São Roque, em Piraquara, região metropolitana de Curitiba. A atividade foi conduzida pelos professores Luna de Sousa e Aaron Ramathan e teve como objetivo aprofundar o conhecimento sobre a história da saúde pública no Brasil e os impactos sociais da hansenÃase.
Durante a visita, os estudantes foram guiados pelo espaço do Museu São Roque (MUSAR), o primeiro museu do Paraná dedicado à memória da hansenÃase e à cultura dos antigos hospitais colônia, conhecidos como leprosários. O local preserva a história da segregação de pessoas acometidas por doenças infectocontagiosas antes da criação do Sistema Único de Saúde (SUS), em um perÃodo marcado pelo isolamento compulsório dos pacientes.
Fundado como leprosário, o Hospital São Roque foi referência estadual no acolhimento e tratamento da chamada “lepra”, como era conhecida a hansenÃase. Hoje, o espaço é reconhecido como Hospital Dermatológico São Roque e presta atendimento especializado em dermatologia e tratamento de feridas complexas para 44 municÃpios do Paraná.
Os visitantes foram recebidos pela diretora do hospital, Maristela Zanella, e pelo coordenador de enfermagem, Thiago Aurélio, que apresentaram a atual estrutura da unidade e os planos de expansão dos serviços. Entre os projetos futuros, estão a ampliação das especialidades ambulatoriais e a inclusão de cirurgias eletivas no atendimento.
A atividade proporcionou aos alunos uma reflexão sobre os avanços no campo da saúde coletiva e a importância da preservação da memória institucional para a construção de um sistema de saúde mais justo e inclusivo.

