Encontro Internacional de Licenciaturas e I Seminário de Integração das Licenciaturas

 10 de junho de 2016 - 17h03

Atenção participantes, os certificados já estão disponíveis no site do evento – para acessar a página com os certificados clique em “ver detalhes”.

A UFPR Litoral, nos dias 6, 7 e 9 deste mês, realizou o Encontro Internacional de Licenciaturas e o I Seminário de Integração das Licenciaturas. Os eventos tiveram como proposta central colocar em discussão diferentes abordagens metodológicas relativas às licenciaturas, à educação internacional e à formação de professores.

O encontro, que reuniu acadêmicos e professores do Setor Litoral e das redes públicas municipal e estadual de educação, contou também com a presença dos conferencistas convidados Donald Hugh de Barros Kerr Junior – doutor em educação, professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnológica Sul Rio-grandense, com experiência na área de educação, com ênfase em ensino de arte – , Luis Rafael Múnera Barbosa – licenciado em educação básica com ênfase em espanhol pela Universidad de Antioquia (Colômbia) -, e Teresita Ospina Alvarez – doutora em educação pela Universidad De Antioquia (Udea), professora e pesquisadora na mesma instituição e na Universidad San Buenventura.

“Este é um momento único para o Setor Litoral, em que os cursos de licenciatura buscam mais integração e articulação entre si. Hoje somos o Setor da UFPR que reúne o maior numero de licenciaturas”, afirmou Renato Bochicchio, Diretor do Setor Litoral da UFPR.

Romper com a educação estruturalista: criando novas formas de dar aula
Provocar os professores a construir pensamentos como artistas, para inventar formas de dar aula, a partir de autores como Deleuze e Foucault, pós estruturalistas, foi um dos pontos que norteou o encontro, segundo o professor Donald Hugh de Barros Kerr Junior.

Kerr Junior, conhecido como Goy, tem uma longa trajetória de trabalho como docente. Já atuou nas redes públicas municipais e estadual do Rio Grande do Sul, em redes de atendimento especial (Apaes), e no ensino superior. Atualmente é professor no Instituto Federal Sul-Rio-Grandense (IFSUL).

Para o professor Goy, é preciso romper com a educação estruturalista, pensar e pautar a diferença e enfatiza: “As dificuldades de ser docente no Brasil e na America Latina, nós já conhecemos, o que precisamos pensar é sobre como enfrentá-las. Quero saber como eu crio linhas de fugas para sair dos problemas, e criar problemas que sejam produtivos e não problemas que sejam impeditivos”.

Dentro dessa proposta de inventar formas de dar aula e romper com a educação formatada, os estudantes de todas as licenciaturas, em intercâmbio com os discentes da Universidad San Buenventura de Medellin e Universidad de Antioquia, puderam apresentar oficinas que apresentavam propostas para repensar os atuais formatos de trabalho em sala de aula. “Estamos tendo contato com outras possibilidades de trabalhar com os alunos em sala de aula, é uma visão diferente da educação, que usa metodologias diferenciadas para conseguir entender e atender as necessidades do estudante” – conta Ana Paula de Lima, aluna do 3º período do Curso de Linguagem e Comunicação.

Fortalecimento das licenciaturas
Os eventos buscam, além de discutir práticas de licenciaturas, fortalecer laços acadêmicos e pessoais: “Esses intercâmbios são muito importantes porque permitem que nós como professores aprendamos muito, e também permitem que os alunos troquem experiências culturais e de linguagem. Também fortalecemos os projetos de pesquisa entre duas universidades ou três. Eu mesma trabalho em duas universidades, a Universidad de Antioquia, que é pública, na Universidad de San Buenaventura, assim eu represento as duas universidades aqui e podemos fazer os intercâmbios”, conta a professora Teresita Ospina Alvarez.

O professor Luis Rafael Múnera Barbosa, reforça a ideia de construção conjunta do conhecimento, afirmando que essas integrações permitem ver a licenciatura de uma forma internacional, possibilitando a troca de experiências e práticas e fomentando processos de pesquisa, formação e desenvolvimento curricular: “O evento é uma grande oportunidade para a troca entre os países e para discutirmos processos e propostas inovadora que fortalecem a pesquisa e a formação dos acadêmicos”.

Brasil como referência
De acordo com o professor Barbosa, além das pautas que o evento possibilita discutir, o evento é uma excelente oportunidade para aprender com o Brasil, “que é um exemplo na formação de licenciatura, na pesquisa nas propostas curriculares e na inovação para a educação”.

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