Dia Mundial da Hipertensão, informações e cuidados

 19 de maio de 2022 - 14h47

A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma doença crônica não transmissível, caracterizada por pressão sistólica maior ou igual a 140 mmHg e/ou pressão diastólica maior ou igual a 90 mmHg (usualmente ouvimos “14 por 9”), medida com a técnica correta, em pelo menos duas ocasiões diferentes, na ausência de medicação anti-hipertensiva. É uma condição muito prevalente na população brasileira, que atinge cerca de 32% dos adultos. A HAS é uma doença complexa e multifatorial, que pode envolver questões genéticas, ambientais e sociais.

Diversos fatores estão ligados à HAS e muitos deles não são modificáveis, como: genética, idade, sexo, etnia. Com o envelhecimento, os vasos vão naturalmente enrijecendo, tornando a passagem do sangue mais difícil, por isso, pessoas acima dos 60 anos têm maior chance se tornarem hipertensas, notadamente as mulheres. Porém, diversos outros fatores estão ligados ao estilo de vida, que são fatores modificáveis, como: sobrepeso/obesidade, ingestão de sódio e potássio, sedentarismo, álcool, fumo.

A importância de prevenir a condição de hipertensão está ligada à proteção do indivíduo sobre os órgãos-alvo, pois a HAS descompensada ao longo do tempo atinge o coração, o cérebro, os rins e os vasos sanguíneos, podendo levar a eventos cardiovasculares irreversíveis. O risco desses eventos aumenta se a HAS estiver descompensada e associada a problemas metabólicos como dislipidemia (colesterol alto ou gordura no sangue), obesidade abdominal, intolerância à glicose e diabetes, o que leva ao aumento de casos de cardiopatia isquêmica (obstrução dos vasos que podem causar infarto, insuficiência cardíaca ou morte súbita), acidente vascular encefálico (AVE ou derrame cerebral, devido à obstrução ou rompimento de vasos), doença renal crônica e mortalidade precoce.

A HAS é silenciosa, por isso, se você tem algum dos fatores de risco indicados acima, é importante fazer aferições regulares, tentar modificar alguns hábitos, como a inclusão de atividade física frequente, adequações na dieta, diminuição da ingestão de sódio e de bebidas alcoólicas. Tudo isso a fim de prevenir complicações e preservar sua saúde geral. Procure apoio nos serviços de saúde e, se possível e necessário, complemente com apoios em outros aspectos que se adequem às suas crenças e valores.

Segue quadro das Diretrizes Brasileiras de Hipertensão, atualizadas no ano de 2020, com indicação da diminuição da pressão com a adesão à modificação dos fatores ambientais e sociais.

Fonte da figura: Barroso et al, 2020.
Referência: Barroso WKS et al. Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial. Arq Bras Cardiol. 2021; 116(3):516-658. DOI: https://doi.org/10.36660/abc.20201238

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