O Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Territorial Sustentável (PPGDTS) do Setor Litoral da UFPR obteve aprovação da proposta de criação do curso de doutorado. A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), em sua 232ª reunião ordinária do Conselho Técnico-científico da Educação Supeiror (CTC-ES), aprovou a implementação do curso que será o primeiro de doutorado interdisciplinar na área de ciências ambientais a ser ofertado nos municípios do litoral paranaense.
Para o coordenador do PPGDTS, prof. Dr. Diomar Augusto de Quadros, a conquista é um marco dos dez anos que o Programa completa em 2024. “Estamos comemorando nossa primeira década do PPGDTS em grande estilo. Essa é uma conquista coletiva que gostaríamos de compartilhar com todo o litoral do Paraná, nosso território de maior carinho, respeito e que reúne possibilidades e alternativas para a sustentabilidade com justiça social e conservação da Mata Atlântica”.
A proposta do PPGDTS é conciliar pesquisas que envolvem questões relacionadas à conservação da natureza, diversidade cultural, políticas públicas e desenvolvimento territorial. Sob uma perspectiva interdisciplinar, assume a indissociabilidade entre natureza, cultura e sociedade, bem como o desafio de pensar o ecodesenvolvimento, por meio das potencialidades locais e/ou regionais.
Atualmente o PPGDTS conta com 20 pesquisadores docentes e oferta o curso de mestrado anualmente, com aproximadamente 26 vagas anuais. Nos dez anos de atuação já formou mais de 150 mestres. “O litoral do Paraná conta atualmente com cinco cursos de mestrado, dois ofertados pela UFPR Litoral (PPGDTS e Proficiamb) e os demais pelo Instituto Federal do Paraná (Programa de Pós – Graduação em Ciência, Tecnologia e Sociedade), Unespar (Programa de Pós-Graduação em Ambientes Litorâneos e Insulares) e UFPR-CEM (Programa de Pós-graduação Sistemas Costeiros e Oceânicos), observamos que há uma demanda reprimida de continuidade de estudos para esses egressos”, analisa o coordenador Diomar.
Além disso, a Capes considerou que a UFPR Litoral está inserida em um território de vulnerabilidade social e ambiental e que desde sua origem teve o objetivo de ampliar as ações afirmativas. São priorizadas vagas para pessoas com deficiência, indígenas, negros, professores da rede pública de educação básica, quilombolas, refugiados ou portadores de visto humanitário e pessoas trans. O primeiro edital de ingresso para o doutorado será lançado após as tramitações internas na UFPR e deve ofertar aproximadamente dez vagas.
A professora Dra. Liliani Tiepolo, que integra o PPGDTS, ressalta que em menos de 10 anos o PPGDTS subiu de nota já na primeira avaliação e conseguiu a chancela de ter o primeiro doutorado em ciências ambientais da Mata Atlântica do Paraná. “Podemos passar o resto do ano em festa, há muito o que comemorar”.