Bacharelado em SAÚDE COLETIVA do Setor Litoral da UFPR faz acompanhamento da situação epidemiológica dos casos de Dengue e COVID-19 no litoral do Paraná
A pandemia de Covid-19 atingiu o Brasil entre o final de fevereiro e inÃcio de março de 2020, e o Litoral do Paraná teve seus primeiros casos a partir de final de março. Desde então, o número de incidência e taxa de óbito da Covid-19 vêm aumentando. A estudante Michele Dullius do curso de Bacharelado em Saúde Coletiva da UFPR Litoral vem acompanhando a evolução da Covid-19 no Litoral a partir de dados disponÃveis no site da SESA Paraná, como iniciativa de ação do PET Saúde Interprofissionalidade, sob orientação do professor VinÃcio Oliveira da Silva e da professora Tainá Ribas Mélo.
Além da Covid-19, também está sendo feito o acompanhamento da situação epidemiológica da dengue no Litoral Paranaense. Este monitoramento é realizado semanalmente pela estudante Jéssica Fritz da Silva. Embora o Litoral do Paraná seja considerado uma região endêmica da dengue, a estudante e os professores Tainá Ribas Mélo e Roberto Eduardo Bueno do Bacharelado em Saúde Coletiva, analisaram que a taxa de incidência da dengue é muito maior no perÃodo da pandemia de Covid-19, em relação mesmo perÃodo do ano passado (2019), conforme pode ser visto nos gráficos abaixo.
A curva de incidência da dengue cresce bastante a partir do final do mês de abril, justamente quando também aumentou a incidência da Covid-19 no Litoral Paranaense.
Assim, as estudantes e professores do Bacharelado em Saúde Coletiva sistematizaram os dados de dengue e da Covid-19 e investigam as hipóteses relacionadas a tal evento, já que os valores de incidência da dengue têm aumentado em relação ao mesmo perÃodo de 2019, mesmo em semanas consideradas de baixo e médio risco pelas condições climáticas indicadas no boletim epidemiológico.
Algumas pesquisas apontam para a possibilidade de coinfecção de dengue e Covid-19 (Miah; Hasna, 2020; Mascarenhas et al., 2020; Saavedra-Velasco et al., 2020), especialmente em regiões já endêmicas para dengue, como é o caso do litoral paranaense, o que serve de alerta para os serviços de saúde e para a população, uma vez que, ao considerar que as duas doenças juntas poderiam ocasionar um quadro ainda mais grave, representando maior risco para os infectados.
Umas das hipóteses para a situação, é que em decorrência da preocupação da população e dos serviços de saúde com a Covid-19, houve aumento nas notificações dos casos de dengue, já que muitos sintomas iniciais de dengue e Covid-19 apresentam semelhanças a exemplo de febre, dor no corpo, dor de cabeça e mal estar… Há também a possibilidade de casos de Covid-19 com falso positivo para dengue.
Esses indicadores epidemiológicos apontam para a necessidade de planejamento e intensificação de ações e medidas de prevenção e controle. Ainda que não seja possÃvel, nesse momento, estimar a causa exata do aumento de dengue, cabe o alerta à população, para se atentar à s medidas de cuidado com a Covid-19 como distanciamento fÃsico e higienização frequente das mãos, com sabão ou álcool em gel, e uso de máscaras, de forma contÃnua . Além disso o cuidado com água parada no ambiente domiciliar e o uso de repelentes também devem ser medidas adotadas, como forma de prevenção da dengue e controle do seu transmissor, o mosquito Aedes Aegypti.
O acompanhamento da situação epidemiológica continua, com a publicação de boletins epidemiológicos semanais, de maneira a facilitar o acesso à informação para toda a comunidade litorânea, além de trazer subsÃdios para os municÃpios no planejamento das ações, apontam os professores.
As apresentações por vÃdeo dos dados referentes à dengue e Covid-19 foram elaboradas pelos estudantes com orientação dos docentes, para o 1º encontro de vivência PET e disponibilizadas pelos links relacionados ao evento 1º Simpósio Interprofissionalidade e Saúde / 1ª Mostra de Vivências PET Interprofissionalidade e Práticas Colaborativas no SUS .
Dengue: https://youtu.be/316V-g35A5U
COVID-19: https://youtu.be/l2z_oFE4_CU
Docentes e tutores do PET Saúde: Roberto Eduardo Bueno, Tainá Ribas Mélo e VinÃcio Oliveira da Silva