Feira de Ciências promoveu cultura oceânica em Matinhos

 10 de dezembro de 2025 - 15h28

Com informações de NAPI – Por: Luiza da Costa – (bolsista NAPI)

A 14ª edição da Feira de Ciências do Litoral Paranaense ocorreu entre os dias 3 e 5 de dezembro, na UFPR, em Matinhos. O evento é promovido anualmente pelo Laboratório Móvel de Divulgação Científica (LabMóvel), iniciativa ligada ao Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação – NAPI Paraná Faz Ciência.

Participaram do evento como expositores e visitantes estudantes do ensino fundamental e médio de sete cidades da região. Os trabalhos foram divididos nas seguintes categorias: Divulgação Científica, Desenvolvimento Tecnológico e Iniciação à Pesquisa. O tema deste ano foi “Planeta Água: a cultura oceânica para enfrentar as mudanças climáticas no meu território”, alinhado à Semana Nacional de Ciência e Tecnologia de 2025.

A programação combinou a Feira de projetos com oficinas e atividades educativas e culturais. Durante a cerimônia de abertura, o prefeito de Morretes, Júnior Brindarolli, destacou a relação entre a economia local e o tema “Planeta Água”. Na sequência, Edilene Dahmer, coordenadora acadêmica do Setor Litoral da UFPR, celebrou a presença dos estudantes e o compartilhamento dos conhecimentos entre eles.

O professor Paulo Penteado, do Núcleo Regional de Educação, reforçou a importância de iniciar a prática científica logo cedo, enquanto Marcos Randi, do setor de concursos da UFPR, incentivou todos a conhecerem a universidade pública. O coordenador da Feira e integrante do NAPI, Emerson Joucoski, encerrou a abertura comemorando o alcance da iniciativa.

As atividades voltadas à cultura oceânica foram realizadas em parceria com a Coalizão Paraná pela Década do Oceano e o Projeto Mar Maré. Paralelamente ao evento também aconteceu o Curso de Arbitragem de Xadrez Escolar. Além disso, a programação contou com expositores de livros e com a oficina “Tesouros do Mar”, do PET Litoral Social, que abordou a necessidade de períodos de defesa de espécies marinhas para a preservação ambiental.

As oficinas e exposições seguiram com grande diversidade de temas. O LabPOPSaúde levou modelos tridimensionais e dinâmicas sobre saúde pública. Já a oficina de Geotintas e Degradação Ambiental atraiu o público com tintas feitas de materiais naturais, como argila, terra, carvão e beterraba. Segundo a professora responsável pela atividade, Daiana Holz, professora de artes do Colégio Mustafá Salomão, a ação surgiu da observação de obras na rodovia que passa em frente à escola e seus impactos ambientais. “Os estudantes observavam o derrubamento de árvores e como

não temos mais como interferir no processo, decidimos como fazer a partir dela uma reflexão-criação e assim surgiu a oficina O gel tinta e degradação: o que a terra mexida revela. Usamos terras com diferentes colorações misturadas a água e cola branca para fazer os géis. No meio da Feira de Ciências os estudantes e professores puderam ter um espaço de criação, de experimentar e desacelerar”, contou a professora Daiana.

Outra atração foi Planetário móvel do Parque da Ciência onde ocorriam as sessões de astronomia que encantaram crianças e adultos. Na Biblioteca do Setor Litoral, os visitantes puderam a contação de histórias “Planeta Água” e assistir uma peça teatral sobre preservação ambiental. Os laboratórios didáticos da UFPR Litoral também abriram as portas para visitas, incluindo o Rebiflora, que mostrou usos das plantas da Mata Atlântica.

O Museu de Ciências Naturais da UFPR expôs parte de sua coleção didática na quinta-feira, dia 4, com itens interativos, como impressões 3D de crânios humanos. Já o ZikaBus, projeto do LabMóvel, apresentou atividades sobre prevenção de doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, problema recorrente no litoral.

O Coletivo Lixo Zero, de São José dos Pinhais, orientou práticas corretas de descarte de resíduos e o Rebimar promoveu o Desafio Rebimar, que mobilizou estudantes da rede pública, onda há clube de ciências, a pensar soluções para impactos climáticos, o clube vencedor foi o do Colégio Gabriel de Lara. Na sexta-feira, dia 5, a programação seguiu com a final dos Jogos Escolares de Xadrez das escolas municipais de Matinhos, que premiou 12 estudantes.

No encerramento da Feira foi apresentada a contou com a peça “Pingo: uma gotinha rumo ao mar”, apresentada pelo Grupo de Teatro Científico, da Universidade Estadual de Ponta Grossa (GTC-UEPG). De acordo com a coordenadora do grupo e integrante do NAPI Paraná Faz Ciência, Leila Freire, a peça trabalha temas como cultura oceânica e contaminação das águas por microplásticos. Em seguida, ocorreu a premiação oficial, que contemplou todos os participantes. A categoria voto popular ultrapassou os 20 mil votos e motivou os alunos até os últimos momentos do evento. As fotos da premiação e dos estandes podem ser acessadas aqui

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