A inauguração será no próximo dia 24 de setembro, em uma comunidade tradicional de terreiro em Matinhos (PR). Apesar de estar na quarta edição, é a primeira experiência imersiva do projeto no universo do Candomblé. O evento será realizado no terreiro da artista e Yalorixá Milah D’Oxum (Milah Gouveia). O Templo Natural Axé Flor de Ouro e Maria Padilha (Ilê Axé Igbá Oni Opará) é uma comunidade tradicional de terreiro que funciona como instituto cultural e está em processo de reconhecimento como Ponto de Cultura, pelo Ministério da Cultura (Gov. do Brasil) .

A mostra ficará aberta até 18 de outubro, as visitas devem ser agendadas (on-line).

Organizada pela equipe do Núcleo de Arte e Educação da UFPR Litoral, coordenada pela professora Gisele Kliemann, a exposição tem como proposta promover uma imersão cultural afro-religiosa e artística nas tradições do Candomblé. No centro da mostra estão os Orixás, divindades ancestrais africanas que regem as forças da natureza, representados por manequins adornados com trajes rituais desenhados pela Yalorixá Milah D’Oxum. As vestimentas capturam a beleza e a profundidade espiritual das divindades em suas expressões dançantes, celebrando a ligação entre a arte e a fé.

As indumentárias foram elaboradas e confeccionadas pela artista e Yalorixá, Milah Gouveia, com o apoio dos colaboradores Breno Oberdan, Mariana Rossafa e Suh Inouhe, e os manequins em tamanho natural foram desenvolvidos por Rhodrigo Clhöe e confeccionados por Otoniel Cruz Pessoa. Em sua restauração, participaram diversos bolsistas e voluntários do Programa Núcleo de Arte e Educação. A mostra, mais do que uma exposição artística, oferece uma experiência imersiva completa, com símbolos da cultura afro-brasileira, onde o visitante terá a oportunidade de, além da fruição da exposição, conhecer por dentro uma Comunidade Tradicional de Terreiro.

A escolha do terreiro da própria Yalorixá e artista responsável pela Exposição como local da exposição é especialmente significativa. O espaço é um importante centro cultural e comunidade tradicional do município, refletindo a conexão viva entre arte, cultura, religião e comunidade. Este ambiente autêntico torna a experiência ainda mais rica e profunda, permitindo aos visitantes essa imersão nas manifestações do Candomblé.

Todas as visitas à exposição serão guiadas e vão acontecer às terças e às quintas, entre os dias 24 de setembro a 18 de outubro, em três horários: às 15, 17 e 19h, com vagas limitadas a 30 pessoas por visita, que deverão ser agendadas previamente por meio deste formulário online.