A Diabetes mellitus (DM) é uma condição clínica crônica caracterizada pela falha na metabolização da glicose circulante na corrente sanguínea, seja por resistência à insulina ou falta no organismo, ou pelo mau funcionamento do pâncreas, causando quadros de hiperglicemia (aumento da glicose/ “açúcar” no sangue). Existem dois tipos principais: a DM 1, que acomete mais comumente crianças e adolescentes; e a DM 2, que é a mais comum e está frequentemente associada à obesidade e ao envelhecimento, porém, também pode se desenvolver a partir de outras alterações de saúde.
Quando o organismo mantém índices de glicose altos e sem controle há risco contínuo para problemas cardiovasculares. A hiperglicemia causa danos micro e macrovasculares, ou seja, de pequenos e grandes vasos sanguíneos, causando lesões principalmente na retina, nos rins, no coração, no fígado e nos nervos periféricos (perda de sensibilidade em qualquer parte do corpo).
Assim, é necessário fazer consultas de rotina para identificar possíveis riscos no desenvolvimento de DM e, quando detectada a pré-diabetes ou instalada a DM, sejam tomadas medidas individualizadas para o manejo da doença.
A pré-diabetes pode ser revertida se associada a hábitos alimentares mais saudáveis, realização de exercícios físicos, controle de outras doenças crônicas como a hipertensão (pressão alta) e a dislipidemia (colesterol alto). Já a DM 2 é irreversível, mas passível de controle, principalmente por meio da alimentação, de exercícios físicos e, em casos mais resistentes, de medicamentos.
É importante salientar que não é qualquer atividade física que vai ajudar no controle da diabetes, pois precisa ser uma atividade com certo nível de intensidade, ter duração correta e frequência constante para que atue na melhoria do condicionamento físico e, consequentemente, no manejo metabólico.
A DM 2 é uma doença insidiosa, ou seja, ela parece ser uma doença sem perigo, mas expor o corpo continuamente a taxas alteradas de glicose por algum período de tempo causa danos graves a alguns órgãos que podem ser irreparáveis.
Referência
Bertoluci M, Costa e Forti A, Pititto B, Valente F, Sá JR, Custódio J, et al. Diretriz SBD 2022. Sociedade Brasileira de Diabetes. Disponível em: https://diretriz.diabetes.org.br/
